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Governador assina novo decreto em Goiás — Foto: Gabriel Garcia/TV Anhanguera |
Estabelecimentos precisam respeitar uma série de normas sanitárias para funcionar. Seguem proibidos de abrir as portas outros setores, como boates e cinemas.
O governador de Goiás,
Ronaldo Caiado (DEM), assinou nesta segunda-feira (13) um novo decreto que libera o funcionamento de alguns setores não essenciais no estado, como bares, restaurantes, comércio em geral e eventos esportivos, respeitando normas sanitárias.
Quando questionado sobre o que poderia voltar a funcionar e em quais condições, Caiado respondeu: "É mais fácil dizer o que não volta. Não voltam shows, eventos, salas de cinema, teatro, boate. Tudo aquilo que gere aglomerações. Tudo isso não está autorizado".
O decreto também informa que as suspensões e flexibilizações da reabertura poderão "ser revistos a qualquer momento, conforme análise da evolução da situação epidemiológica".
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Comércio de rua de Goiânia volta a funcionar a partir de terça-feira (14) — Foto: Marcello Dantas/Futura Press/Estadão Conteúdo |
Segundo o governo, poderão abrir obedecendo normas sanitárias:
- Eventos esportivos (sem público)
- Academias poliesportivas
- Bares e restaurantes (obedecendo lotação máxima de 50% da capacidade)
- Comércio em geral
- Atividades religiosas presenciais
Seguem proibidos de funcionar:
- Visitação a pacientes internados com Covid (exceto casos de necessidade de acompanhamento de crianças)
- Visitação a presídios e centro de detenção para menores
- Eventos públicos e privados de qualquer natureza, desde que presenciais
- Atividades em clubes recreativos e parques aquáticos
- Aulas presenciais em instituições de ensino públicas e privadas
- Boates, salões de festas e jogos
- Cinemas, teatros e casas de espetáculos
Regras de funcionamento
O decreto determina ainda que o funcionamento dos estabelecimentos deve ocorrer sem descuido de protocolos sanitários, tais como o uso de máscara facial, da manutenção do distanciamento entre as pessoas e da proibição de aglomerações.
O cumprimento do decreto será fiscalizado pela autoridades administrativas competentes. Qualquer desacordo constatado pode ocasionar, dependendo do caso, em multa (valor não informado), interdição e até o cancelamento do alvará sanitário.
Estabelecimentos como bares e restaurantes, por exemplo, estavam proibidos de funcionar normalmente há quatro meses, quando o primeiro decreto contra o coronavírus foi publicado. Neste período, eles puderam operar nos sistemas de delivery e drive-thru, mas nunca abrindo as portas para receber clientes.
'Inadmissível banalizar a vida'
Caiado lembrou que o
primeiro decreto com medidas contra o coronavírus foi publicado há exatos quatro meses, logo após a confirmação dos três primeiros casos de Covid-19 em Goiás. Atualmente, vigorava um modelo conhecido como "14 por 14", onde a abertura ocorre de forma alternada a cada duas semanas. Ele afirmou que a luta contra a doença é uma "grande desafio" e que não vai aceitar "banalizar a vida".
"Veja que não é uma luta nem uma corrida curta e nem uma única batalha para sermos vencedores desse grande desafio chamado Covid-19. É realmente uma maratona que, até então, parece, às vezes, interminável. Mas não nos recuaremos ou curvaremos hora nenhuma diante do desafio. O desafio de transformar Goiás como referência de solidariedade e amor ao próximo. É inadmissível banalizar a vida", afirmou em seu discurso.
O governador deu pêsames aos familiares das 849 pessoas que já morreram em Goiás pela doença. Avisou que não há espaço para "visões pessoais, egoístas e voltadas apenas a interesses próprios e disse que é necessário conscientização coletiva. Ele destacou ainda que a reabertura não vai ser algo "totalmente descontrolado".
Testes e parcerias
Caiado criticou o teste rápido do modelo PCR e afirmou que não comprou nenhum deles porque, segundo ele, não há eficácia garantida e as chances de erro no diagnóstico são de até 30%.
"Não podemos nos ater a exames que não tem a menor importância. Tal desse teste rápido, não comprei nenhum. Se o Lacen me disse que 30% do resultados não são compatíveis com a realidade, eu vou gastar dinheiro para ter algo que além das falhas que tem, 30% daqueles que estão positivo eles me dão negativo. Qual é a importância desse teste?", questiona.
Caiado revelou ainda que uma
parceria com a Fiocruz vai começar a analisar, a partir desta segunda-feira, dados da Covid-19 em 78 das 246 cidades goiana. Os municípios escolhidos obedecerão o critério de nível de contaminação pela coronavírus. O órgão irá atuar no transporte de kits de testagem, podendo dar resultados sobre contaminação em até 48h. Ao estado, caberá a coleta e a preservação dos kits.
Além disso, anunciou que uma empresa americana doou um aplicativo ao estado que será usado para monitorar os casos de pacientes comprometidos com o coronavírus. Caiado não entrou em detalhes sobre como ele irá funcionar. O G1 procurou a assessoria do governo sobre a questão e aguarda retorno.
Fonte:Reprodução parcial/G1 Goiás.
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