Duas residências de 4.500 anos encontradas pelos arqueólogos. (Foto: Ancient Egypt Research Associates) |
A sociedade egípcia floresceu ao redor do rio Nilo há cerca de 4,5 mil anos. Durante a construção das pirâmides de Gizé, mantimentos vinham de todo o antigo Egito para abastecer os milhares de trabalhadores que construíam os monumentos. Para receber tudo, precisava de um porto. Arqueólogos acabar de encontrar parte dessa estrutura.
As edificações datam do tempo em que o faraó Menkaure construiu a pirâmide que leva seu nome, entre 2490 a.C. e 2472 a.C. Mark Lehner, diretor da Associação de Pesquisa do Egito Antigo, que coordena as instalações, acredita que uma das estruturas pode ter abrigado um funcionário que supervisionava a contenção e o abate de animais para alimentação.
Na outra, selos encontrados perto da residência mencionam a wadaat, uma antiga instituição egípcia cujos sacerdotes podem ser altos funcionários do governo. No local, foram encontradas ferramentas indicando que os religiosos coordenavam a fabricação de cerveja e panificação na época.
As duas residências estão localizadas no que Lehner acredita ser "basicamente o porto nacional de seu tempo", com mercadorias e materiais vindos de todo o Egito e do leste do Mediterrâneo. Arqueólogos já haviam encontrado outras residências neste porto, incluindo uma casa de 21 cômodos usada por trabalhadores.
As ruínas estão localizadas próximas de uma série de estruturas chamadas galerias, que podem ter abrigado uma força paramilitar em Gizé, disse Lehner. Qualquer alimento produzido perto das duas residências foi provavelmente destinado a pessoas que vivem nas galerias, embora alguns alimentos possam ter pessoas trabalhando na pirâmide de Menkaure.
O porto também estava em operação em Gizé quando a Grande Pirâmide estava sendo construída em nome do faraó Khufu (reinado por volta de 2551-2528 aC). Um diário de bordo escrito por um inspetor chamado Merer, que viveu durante o 27º ano do reinado de Khufu, contém referências a tal porto. Este diário está no processo de ser decifrado.
Fonte:Reprodução/Revista Galileu-Editora Globo.
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