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Carga era violada no pátio do lava jato
(Foto: Polícia Civil)
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Carga era retirada e comprada pelo dono do lava jato com finalidade de ser revendida para terceiros. Posteriormente, a adulteração era realizada com adição água e outros produtos químicos
Três pessoas foram presas na tarde desta terça-feira (10) por meio da Operação Baptismus, deflagrada pela Polícia Civil por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). O objetivo da operação é combater criminosos envolvidos em adulteração de combustível.
Segundo o delegado Webert Leonardo, a operação teve início há cinco meses após denúncias de moradores que vivem próximos a um lava jato, localizado na Avenida Juiz de Fora, no Jardim Novo Mundo. Conforme eles relataram ao delegado, o local exalava forte odor de combustível e, durante as investigações, foi constatado que o mesmo oferecia diversos riscos aos moradores da região. Foram detidos João Gabriel Alves dos Santos, dono do combustível, Cleomar Marques de Mendanha, um receptor que estava no local, e Washington Fernando Lima, motorista da carga.
“Constatamos que o local era utilizado como ponto de adulteração do combustível. Eles retiravam o combustível e os armazenavam em galões em espaço sem circulação de ar, com alto risco de superaquecimento. Fora que os envolvidos fumavam em cima do caminhão durante a retirada, ou seja, o risco de explosão era grande e a segurança das pessoas na região estavam ameaçada”, destaca.
Combustível era armazenado de forma irregular e oferecia risco aos moradores da região (Foto: PC)
Webert explica que o João Gabriel retirava entre 1 mil a 2 mil litros da carga, que saía lacrada diretamente da distribuidora, localizada a poucos metros do local, para revender no próprio lava jato para pessoas aleatórias. De acordo com o delegado, ele alegou que pagava R$ 2 pelo litro ao motorista da carga e revendia a R$ 3,50. Ele contou também que cerca de 4 a 10 caminhões passavam por dia no local. Posteriormente, a carga violada era completada com água e outras substâncias químicas que estão sendo analisadas.
O titular da Decon não acredita que os donos dos postos estejam cientes da prática criminosa, pelo fato da carga já sair paga do centro de distribuição, mas que nenhuma hipótese será descartada até o fim do inquérito que deve ser concluído em 30 dias. “Agora vamos tentar identificar se tem mais pessoas envolvidas na prática. Sabemos que há uma cadeia de pessoas que são lesadas, como os donos de postos, marca do combustível e, acima de tudo, o consumidor”, explica.
Os envolvidos foram autuados pelo flagrante de crime ambiental, manipulação de produtos de auto risco e comércio ilegal de combustível, mas, conforme explica Wabert, até o final das investigações, eles podem também responder por organização criminosa, receptação e furto de combustível.
Fonte:Reprodução/Mais Goiás
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