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(Correio Braziliense/Reprodução) |
A Polícia Civil do DF e o Ministério Público usarão os bens da quadrilha para reduzir os prejuízos provocados pelo golpe com moedas digitais
Os valores e bens apreendidos com a organização criminosa responsável pela moeda digital Kriptacoin serão leiloados e repartidos para ressarcir as vítimas dos golpes. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) estima que, apenas em patrimônio recolhido, a cifra alcance R$ 5 milhões. Em dinheiro, cerca de R$ 400 mil. Mesmo assim, segundo o promotor de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), Paulo Roberto Binicheski, o valor pode não ser suficiente. “Quem investiu R$ 100 mil, por exemplo, pode ter um retorno irrisório”, afirmou.
A expectativa é de que o MPDFT ofereça a denúncia contra os envolvidos até terça-feira. A acusação está pronta, mas, devido ao surgimento de novas evidências, o promotor deve complementar o texto. Um dia depois da Operação Patrick, que prendeu 11 pessoas, policiais apreenderam uma Lamborghini de R$ 1,8 milhão escondida em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. O carro estava em uma caçamba para ser encaminhado a Goiânia.
Segundo investigadores, o automóvel era ostentado por Weverton Viana Marinho, apontado como o cabeça do esquema. O veículo de luxo, no entanto, não estava em nome dele, como a maioria dos outros bens. No vidro traseiro, havia a marca Kriptacoin. O Judiciário também determinou o sequestro do helicóptero do grupo, avaliado em R$ 700 mil.
Agora, policiais se dedicarão à perícia dos objetos apreendidos e apostam na identificação de novos integrantes do grupo.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o promotor Paulo Binicheski disse que as pessoas que investiram no esquema terão de comprovar o valor injetado para tentar obter o ressarcimento. “É preciso reforçar que não existe dinheiro fácil, e as pessoas não podem acreditar nisso”, destacou. Além disso, ele ressaltou que, muito em breve, os dois foragidos serão presos.
A estimativa é de que o esquema tenha atraído cerca de 40 mil investidores e lucrado mais de R$ 250 milhões. De acordo com a investigação, o negócio anunciado pelos acusados é uma fraude, baseada em um esquema de pirâmide financeira. A promessa era de lucro de até 1% ao dia. Os investidores de R$ 1 mil, por exemplo, eram iludidos de que poderiam ter retorno de pouco mais de R$ 2,4 mil em 12 meses. Os aportes poderiam ser divididos no cartão de crédito. (Do Correio Braziliense)
Fonte:Reprodução/Mais Goiás.
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