O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Dados da OMS apontam que um terço da população mundial adulta é fumante.
O total de mortes por causa do tabaco atingiu 4,9 milhões de pessoas por ano, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Se a tendência de expansão do consumo de cigarros for mantida, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta de 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos).
Brasil
O Brasil vem adotando importantes medidas para controle e diminuição do uso do tabaco. Em 2005, aderiu à Convenção-Quadro do Controle de Tabaco (CQCT), que é um tratado internacional de saúde pública para elaborar e atualizar as políticas de controle e proteger as políticas nacionais contra os interesses da indústria da substância. Essas medidas têm como meta reduzir a demanda e a oferta do tabaco, proteger o meio ambiente e conscientizar a população dos perigos do cigarro.
Em dezembro de 2011, a Presidente Dilma Rousseff sancionou uma nova Lei do Fumo, que estabeleceu o preço mínimo de três reais para o cigarro, aumentou a carga tributária sobre o produto, vetou a propaganda nos pontos de venda e proibiu o fumo em locais fechados.
O aumento de preço do cigarro é considerado uma das medidas mais eficazes para conter o tabagismo. Já a proibição de fumar em lugares fechados, que tinha como objetivo inicial proteger as pessoas da exposição ao fumo passivo, acabou estimulando os fumantes a reduzirem ou pararem de fumar.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a retirada de cigarros com sabor do mercado e restringiu o uso de aditivos que dão aroma, como cravo, baunilha e mentol.
O Instituto Nacional do Câncer coordena e executa o Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer, visando à prevenção de doenças com a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis, que contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e outras doenças relacionadas ao tabaco.
Todas estas medidas aprovadas recentemente no Brasil contribuem para redução do uso do tabaco. Segundo a Anvisa, o tabagismo é responsável pela morte de 200 mil pessoas a cada ano no Brasil. Atualmente, cerca de 25 milhões de pessoas são fumantes no País, mas este número está caindo.
Doenças provocadas pelo tabagismo
Muitos estudos evidenciam que o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite).
Além disso, esses estudos mostram que o tabagismo é responsável por:
- 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
- 25% das mortes causadas por doença coronariana;
- 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa abaixo dos 60 anos;
- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa abaixo de 65 anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer tabaco-relacionados (boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero);
- 25% das doenças vasculares (derrame cerebral, trombose).
O tabagismo ainda pode causar:
- impotência sexual no homem;
- complicações na gravidez;
- aneurismas arteriais;
- úlcera do aparelho digestivo;
- infecções respiratórias.
Ao parar de fumar o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam risco
- 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;
- 5 vezes maior de sofrer infarto;
- 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
- 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Se parar de fumar agora...
- após 20 minutos sua pressão sanguínea e pulsação voltam ao normal;
- após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue;
- após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
- após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar readquire a capacidade de identificar sabores;
- após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora;
- após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.
Quanto mais cedo a pessoa deixa de fumar, menor o risco de adoecer. Quem não fuma aproveita mais a vida!
Fonte: INCA
Fonte desta matéria:
Reprodução/www.capesesp.com.br
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