O Sindicato dos Policiais Civil de Goiás (Sinpol) emitiu nota condenando a decisão do governo estadual de adiar o reajuste salarial de 12,33% previstos para a categoria nos meses de novembro e dezembro. A informação sobre a suspensão do repasse foi dada pelo diretor geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, na manhã desta quarta-feira (4), durante uma reunião com as lideranças da segurança pública.
O governo confirmou a medida por meio de sua assessoria, justificando que as perdas nas receitas em função da crise econômica resultaram na impossibilidade de promover os reajustes esse ano. “O que não significa que não vai haver uma compensação adiante. A situação é momentânea por causa da crise e o governo vai estudar uma forma de fazer atualização,” diz a nota.
O acordo entre o governo e os servidores foi feito em 2013, após uma greve geral da categoria. De acordo com a nota enviada pelo Sinpol, o diretor geral informou que o governador Marconi Perillo falou em uma reunião extraordinária sobre a "crítica situação financeira" do Estado.
“Alegando que, apesar da receita ter crescido, a folha com funcionalismo encontra-se comprometida, gerando déficit mensal entre R$ 50 e R$ 200 milhões mensais. Diante desse quadro, o governador arguiu que não terá como arcar com o reajuste de 12,33% previsto para novembro e dezembro”, teria dito o diretor.
O Sinpol disse que o governo garantiu que irá cumprir com o acordado, mas pediu o prazo de um ano, lançando assim os demais porcentuais para os anos subsequentes. O sindicato emitiu a nota informando que repudia “o descaso com que o governo vem tratando o servidor público e, por consequência, a segurança pública”. A carta assinada pelo presidente do sindicato, Paulo Sérgio Alves Araújo, informa que “a entidade não irá compactuar com a ingerência e omissão da administração e que irá promover todos os meios para que o direito da classe seja mantido”.
O presidente disse ainda que o sindicato, prevendo a suspensão, realizou no último dia 22, uma assembleia, na qual compareceram cerca de 300 policiais. “Decidimos que se não recebermos o que foi combinado, iriamos procurar as outras entidades representativas da Segurança Pública e isso está sendo feito. Estamos articulando para ver quais medidas serão tomadas e não descartamos greve na segurança pública”, destacou o presidente ao informar que aa classe tenta evitar uma paralisação ao máximo, mas “acordo deve ser cumprido por todos”.
Fonte:Reprodução/O Popular.
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