Órgão cumpriu dois mandados de prisão preventiva e um de temporária. Promotor não divulgou identidade dos envolvidos, nesta quinta-feira (20).
Policiais militares participam de operação do
MP-GO (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) informou nesta quinta-feira (20) que novas prisões podem ocorrer em decorrência da deflagração da 2ª fase da Operação Compadrio, que investiga o desvio de dinheiro público de órgãos estaduais. Nesta etapa, o órgão já cumpriu 17 mandados em
Goiânia, Araçu e Uruana, sendo dois de prisão preventiva, um de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e nove de busca e apreensão.
"Ninguém está isendo de ser investigado e podem ocorrer novas prisões nesta segunda fase, que é um desdobramento da primeira", disse o promotor de Justiça Luís Guilherme Gimenes, coordenador do O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
O MP-GO não informou a identidade de nenhum dos envolvidos, mas revelou que todos os presos já foram encaminhados ao Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Já os que foram conduzidos coerctivamente foram ouvidos e liberados.
O promotor explicou ainda que entre as pessoas que particivam do esquema, algumas fizeram um acordo de delação premiada. Porém, não foi divulgado quem são esses suspeitos.
Operação
Deflagrada no último dia 11, a primeira fase da operação prendeu nove pessoas, dentre elas o ex-deputado estadual Tiãozinho Costa (PTdoB). O diretor de Obras Rodoviárias da Agetop, José Marcos de Freitas Musse, também foi detido na ocasião, mas foi solto na quarta-feira (19).
Nesta manhã, a assessoria da Agetop afirmou que Musse pediu demissão ao presidente da agência, Jayme Rincón. "A demissão foi aceita e encaminhada à Secretaria da Casa Civil para publicação do ato no Diário Oficial do Estado", informou, em nota, a assessoria.
Promotor Luís Guilherme: ninguém está isento de
ser investigado (Foto: Vitor Santana/G1)
Investigação
De acordo com o MP-GO, a ação consiste no desenrolar de uma investigação iniciada em 2013 para apurar "uma organização criminosa instalada em órgãos públicos". Conforme os promotores, o grupo é suspeito de usar funcionários fantasmas e empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público.
Os suspeitos também são investigados por favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito. Todos os crimes contavam com a colaboração e participação de funcionários públicos.
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